segunda-feira, 13 de novembro de 2017

"Alerta dos cientistas do mundo para a humanidade: um segundo aviso" - a vida na Terra está ameaçada!


15 mil cientistas de 184 países assinaram uma carta aberta denominada "Alerta dos cientistas do mundo para a humanidade: um segundo aviso" e publicada pela revista científica BioScience (ver em inglês), revelando uma visão ainda mais pessimista da comunidade científica em relação aos rumos do planeta Terra no tocante a sustentação do ecossistema. Para os cientistas, as ameaças à vida terrena estão se recrudescendo e fazem previsões alarmantes para catástrofes ambientais. Essa publicação é uma reedição do alerta "Alerta para a humanidade" emitido em 1992, portanto há 25 anos, pela Union of Concerned Scientists então corroborada pela assinatura de 1,7 mil cientistas de todo o mundo.


E se aquelas previsões da primeira publicação já eram assustadoras, o teor da reedição é alarmante, justificado pelo aumento desordenado da população mundial (cerca de 35%, em comparação com o total populacional do nosso orbe em 1992), o estrangulamento dos recursos naturais para atender a um crescente consumismo (especialmente de produtos, digamos, não tão necessários), o aquecimento global e as constantes emissões de carbono geradas pelo uso de combustíveis fósseis, bem como as práticas agrícolas não sustentáveis, o desmatamento, a falta de água doce, a perda de vida marinha e as crescentes zonas mortas dos oceanos, dentre outras causas.

As primeiras consequências mais visíveis, segundo os estudiosos, são o desequilíbrio climático (seca, enchentes, etc.) e a extinção de espécies de vida importantes para o equilíbrio do ecossistema. "Desencadeamos um evento de extinção em massa, o sexto em cerca de 540 milhões de anos, em que muitas formas de vida atuais podem ser aniquiladas ou, ao menos, estar fadadas à extinção até o final deste século" — traz a publicação.

Ao lado do alerta, a carta propõe 13 medidas para contenção dessas ameaças, incluindo ampliar o acesso aos métodos contraceptivos, "estimar um tamanho de população humana sustentável e respaldado cientificamente a longo prazo" e mobilizar "nações e líderes para apoiar esse objetivo fundamental". Outras medidas incluem promover dietas à base de plantas e energias renováveis, e ao mesmo tempo eliminar os subsídios para combustíveis fósseis. A desigualdade de renda deve ser corrigida e "os preços, a tributação e os sistemas de incentivo (devem) levar em conta os custos reais que os padrões de consumo impõem ao nosso meio ambiente".


A comunidade científica salienta nesta carta: "Para evitar a miséria generalizada e a perda catastrófica de biodiversidade, a humanidade deve praticar uma alternativa mais sustentável aos negócios". E sentencia peremptoriamente: "Em breve, será tarde demais para mudar o curso da nossa trajetória fracassada, e o tempo está acabando".


Resposta política

Não sabemos, até o fechamento desta postagem, de qualquer repercussão dessa carta reeditada no meio político. Desconhecemos qualquer pronunciamento de qualquer autoridade a respeito desse novo alerta científico. Contudo, e infelizmente, não há muito otimismo por parte dos ambientalistas em relação ao comprometimento dos líderes mundiais. A preocupação mais urgente destes tem sido a solução dos problemas econômicos de suas nações, em detrimento da responsabilidade que lhes cabe quanto ao futuro do nosso mundo.

Os esforços têm sido muito poucos e, por vezes, sofrido reveses lamentáveis. O mais recente — e mais retumbante — é o que está sendo protagonizado pelo atual presidente dos Estados Unidos da América, Donald Trump, que declara abertamente o desinteresse em cumprir o Acordo de Paris, assumido pelo seu antecessor, Barack Obama. O Acordo de Paris é um tratado no âmbito da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (UNFCCC - sigla em inglês), que rege medidas de redução de emissão dióxido de carbono a partir de 2020, do qual o Brasil também é signatário. O acordo foi negociado durante a COP-21, em Paris e foi aprovado em 12 de dezembro de 2015. O líder da conferência, Laurent Fabius, ministro das Relações Exteriores da França, disse que esse plano "ambicioso e equilibrado" foi um "ponto de virada histórica" na meta de reduzir o aquecimento global.

Chefes de delegações na COP-21, em Paris

Em 1992, ano da publicação da primeira carta-alerta, o Brasil sediou um evento de grande apelo para a questão ambiental mundial: a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, que também ficou conhecida como Eco-92. Porém, apesar daquela conferência ter reunido grandes chefes de estado, entre os dias 3 a 14 de junho de 1992 na cidade do Rio de Janeiro, no Brasil, gerando grandes expectativas nos ambientalistas, os resultados práticos são quase nulos e, conforme reafirma esta nova carta científica, as ameaças são crescentes.

Além dos interesses econômicos dos grandes investidores, que acabam influenciando — e muito — os rumos políticos dos países, não deixa de haver, do próprio seio acadêmico, vozes discordantes dessas previsões pessimistas. Alguns especialistas dizem que há uma supervalorização das questões ambientais e defendem que a Natureza terrena é cíclica e dinâmica, capaz de se ajustar a todas as circunstâncias que se lhe recaem. Portanto, segundo eles, os próprios recursos naturais se adequam com justeza ás ações do homem e, apesar dos contratempos e conturbações que esses reajustes naturais causam, o planeta sabem moldar-se automaticamente e sempre para melhor, não havendo possibilidade de fatalidade geral. Eles defendem ainda que o desaparecimento de espécies e o surgimento de outras são fenômenos absolutamente normais e até salutares. Dizem enfim que esse processo evolutivo, embora penoso para alguns povos, é natural, necessário e bom para a sustentação do planeta.



Projeções sob uma ótica espírita

O planeta Terra é um dos mundos na imensidão do Universo destinado a ser habitat para Espíritos em evolução, servindo de laboratório físico para as aquisições intelectuais e virtudes morais dos seus habitantes. A diversidade das condições geográficas (desertos, pântanos, sertões áridos, savanas, montes gélidos, etc.) aqui existente propicia variadas experiências para as provas reencarnatórias dos seres visando o seu crescimento espiritual.

A Natureza física é ainda um instrumento didático para a disciplina psicológica da humanidade. Pela observação do ecossistema e dos recursos naturais, os homens então encontram inspiração para a resolução de suas questões íntimas e desenvolvem sua espiritualidade. Portanto, a integração do homem e a Natureza é uma ferramenta didática magnífica.

Entretanto, como os seres inteligentes da criação dispõem de seu livre-arbítrio, cujo grau é relativo ao seu desenvolvimento intelecto-moral, não resta dúvida de que este, como senhor governante do meio ambiente, é apto tanto a contribuir para a evolução do seu próprio habitat, quanto para danificá-lo — como o tem feito, a exemplo desta publicação científica que nos alerta sobre a má ação humana contra os recursos naturais planetários. E, como é lógico, não há como deixarmos de pensar na responsabilização dessas más ações. E sabemos igualmente que a lei de justiça divina é inexorável: todos os mal feitores sofrem os reflexos de sua conduta imprudente — desde as mínimas agressões à Natureza.

Todavia, é plausível que se questione se, de fato, o homem seria capaz de destruir as condições vitais para a sua reencarnação na Terra, seja pelos prejuízos que tem acumulado contra o ecossistema, ou seja por um ato ainda mais fatalista, por exemplo uma sequência de acionamento de bombas atômicas numa possível terceira guerra mundial. Será que isso poderia acontecer? A espiritualidade permitira tal catástrofe?

Bem, não podemos dizer que sim ou que não, mas podemos ponderar com segurança que a evolução dos Espíritos que ora gravitam no orbe terreno deverá continuar, seja na Terra, seja em qualquer outro planeta. A necessidade nos impõe a reencarnação e esta se dará, de um jeito ou de outro, aqui ou em qualquer outro lugar no Universo. Não há que temermos esse "apocalipse científico". Para um materialista, claro, que acredita que a vida e existência dos seres inteligentes requer a organização da matéria de nossa dimensão, a extinção da espécie humana terrena significaria o fim de tudo. Nós espíritas, por nossa vez, sabemos que a existência independe da matéria e muito menos depende das condições da organização deste pequeno planeta azul e insignificante em face da grandeza do Cosmos. Somos Espíritos imortais de uma natureza superior à dimensão física deste mundo. Por isso, não há que temermos pela fatalidade prevista pela comunidade científica.

Por outro lado, não podemos desdenhar o alerta dos especialistas e devemos nos conscientizar das responsabilidades de cada um de nós nesse processo de degradação da Natureza, afinal, somos todos agentes dessas forças econômicas e políticas que tanto tem agredido ao nosso meio ambiente. O apego exagerado aos bens materiais e o consumismo desenfreado são fenômenos globais. Quem pode dizer-se totalmente isento dessa cadeia viciosa de consumo?

Daí porque esse alerta deve ser bem refletido por cada um de nós com todo o cuidado e franqueza.

A título de subsídio para uma reflexão mais apurada sobre as questões então oferecidas neste post, com enfoque nas propostas do Espiritismo para nossa conduta, sugerimos a publicação que fizemos aqui em fevereiro de 2014, trazendo uma videopalestra com o jornalista espírita André Trigueiro, com um enfoque especial sobre "Ecologia na obra de Chico Xavier" (veja aqui).


E, evidentemente, recomendamos com especial atenção a obra pela qual o codificador espírita, Allan Kardec, melhor desenvolveu a temática científica: o livro A Gênese (leia online ou baixe aqui).

Fonte G!

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